quarta-feira, 6 de abril de 2011



Conjunto Habitacional
Giancarlo Palanti


A obra do arquiteto italiano Giancarlo Palanti em São Paulo apresenta algumas especificidades no contexto da produção de arquitetos estrangeiros no Brasil. Nas narrativas sobre a arquitetura moderna brasileira a participação de estrangeiros aparece de diversas maneiras. Em alguns momentos ela é singular. Uma rápida estadia no país é capaz de conformar os traços dessas histórias, como o caso de Le Corbusier no episódio do projeto do Ministério da Educação, em outros, ela quase não é citada. Em outros ainda eles são tratados como um grupo, como no caso dos arquitetos imigrantes que aportaram no Brasil no pós-guerra, a maioria deles bem situada profissionalmente em seus países de origem, que vinham para o país à procura de novos horizontes de vida e trabalho.

Nascido em Milão, Itália, em 1906, Palanti formou-se em 1929 na Escola Politécnica daquela cidade. Pertencente à segunda geração de arquitetos racionalistas do país, sua obra italiana abrangeu desde o desenho industrial até projetos urbanísticos, incluindo edifícios para habitação popular e participações nas Trienais de Milão.

Nomes importantes na construção da arquitetura moderna italiana foram seus parceiros de trabalho, tendo sido os mais constantes o de Franco Albini e de Renato Camus, com quem desenvolveu a maioria de seus projetos em equipe. Entre eles destaca-se o Conjunto habitacional "Fabio Filzi", em Milão, 1933, caracterizado por uma postura muito próxima à produção habitacional alemã do período.


Morar em conjuntos habitcionais, hoje em Uberlândia:
Política Habitacional de Interesse Social:

A primeira intervenção do Estado na questão habitacional, de acordo com o que se tem registro, diz respeito a março de 1946, com a criação da Fundação Casa Popular. A instituição surge com o intuito de viabilizar a aquisição da casa própria para as classes mais necessitadas, mas não consegue cumprir o que objetivava já que a demanda era muito grande.

Em 1962 é criado então o Conselho Federal de Habitação para, através de um planejamento em um nível nacional, orientar as políticas habitacionais focadas nas famílias menos favorecidas. Com o golpe militar de 1964, estabeleceu-se o Plano Nacional de Habitação (PNH), que criou o Banco Nacional de Habitação (BNH), o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (SERFHAU) além de implementar a correção monetária nos contratos imobiliários.

Em 2008, dentro do PAC Habitação, é anunciado o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV – Lei Federal n° 11.977/07 Julho de 2009) que pretende incidir no déficit habitacional de maneira eficaz e dar condição a mais de um milhão de famílias a ter a casa própria. O projeto contempla famílias com renda máxima de 10 salários mínimos, mas prioriza a habitação de interesse social (limitada a três salários). É importante lembrar a importância de o programa ser articulado com outras ações previstas no PNH para melhor agir nas políticas pensadas.

“Moradia digna é aquela localizada em terra urbanizada, com acesso a todos os serviços públicos essenciais por parte da população que deve estar abrangida em programas geradores de trabalho e renda. Moradia é um direito humano, afirma o Tratado dos Direitos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU), ratificado pelo Brasil em 1992, e
como tal deve ser reconhecido, protegido e efetivado através de políticas públicas específicas” (PROJETO MORADIA, 2000, p. 12)

Localização: Casas COHAB, Jardim Sucupira
Fonte: Google Earth


Zona Leste

COHAB- Jardim Sucupira


A questão habitacional engloba o espaço integrado onde as pessoas vive considerando-se todas as condições da dignidade humana. Neste aspecto, somam-se equipamentos de educação, saúde, transporte coletivo, acesso a esses e outros serviços, com atividades culturais e ligadas ao meio ambiente. Enfim, a construção da cidadania implica em que sejam modificadas as condições estruturais da sociedade com distribuição de renda, redução das desigualdades sociais e meio ambiente saudável, condições indispensáveis para a vida digna do seres humanos.

Estudo de campo:
Fonte: Marcelo Rezende


















































Análise dos dados levantados:
Fonte: Júlia







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